História

Estação de Ceará-Mirim da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, 1906. Arquivo Nacional.


História de Ceará-Mirim/RN 

No princípio povoada por índios potiguares às margens do rio Seara, posteriormente rio Ceará-Mirim. Os potiguares fizeram seus primeiros contatos com o mundo ocidental através do comércio de pau-brasil com franceses e espanhóis. Posteriormente, com a consolidação da colonização do Brasil, foi ocupada pelos portugueses.

Os portugueses, juntamente com Antônio Felipe Camarão, o famoso índio Poty, que chefiava a tribo dos Potiguares tomaram a iniciativa no sentido de organizarem um povoamento.  Fundaram um convento na aldeia do Guajiru, e numa área de terra concedida aos padres da Companhia de Jesus, construíram uma igreja, um prédio destinado a cadeia e a câmara municipal. Com o trabalho desenvolvido na organização do povoado, os padres conquistaram a estima dos índio de Guajiru

Desde sempre a varze do Ryo Seara (posteriormente Rio Ceará-Mirim) foi ocupada, pois eram terras proveitosas para o cultivo, e lá se instalaram lavouras e pequenas criações de gado. Por todo o século XVIII houve inúmeras sesmarias, dividindo completamente a região com maior ou menor utilidade para a agricultura, notadamente de proprietários de Extremoz.

Os primeiros engenhos de Ceará-Mirim surgiram posteriormente ao ano de 1840, mas em 1858, quando ocorreu a transferência da sede, havia notável desenvolvimento industrial e pecuário.

Na relação do Ouvidor Domingos Monteiro da Rocha, em junho de 1757, já se inclui a Povoação do Ceará-Mirim, onde diz-se “com bastante moradores”. A primeira escola surgiu apenas em 1858, instalada em Boca da Mata, município de Extremoz. A primeira reunião em Câmara Municipal) ocorreu em 14 de outubro de 1858, na Vila do Ceará-Mirim.

 

Emancipação Política 

Em 3 de setembro de 1759, o município foi criado oficialmente, através de alvará, e instalado em 3 de maio de 1760, na antiga aldeia de Guajiru, tendo por sede a vila de Extremoz. Em 18 de agosto de 1885, a sede foi transferida para a povoação de Boca da Mata e passou a chamar-se vila do Ceará-Mirim. A transferência para vila de Ceará-Mirim foi suspensa através da Lei n° 345, de 4 de setembro de 1856. Após dois anos foi novamente confirmada pela Lei n° 370, de 30 de julho de 1858. Em 9 de junho de 1882, através da Lei n° 837, Ceará-Mirim recebeu foros de cidade.

 

Geografia – Localização e Acesso

Ceará-Mirim situa-se na mesorregião Leste Potiguar e na microrregião Macaíba, limitando-se com os municípios de Maxaranguape, São Gonçalo do Amarante, Ielmo Marinho, Taipu e o Oceano Atlântico, abrangendo uma área de 726 km². A sede do município tem uma altitude média de 33m e apresenta coordenadas 05°38’02,4” de latitude sul e 35°25’33,6” de longitude oeste, distante da capital cerca de 28 km, sendo seu acesso, a partir de Natal, efetuado através da rodovia pavimentada BR-406. Compõe a Região Metropolitana de Natal (RMN). De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2015, sua população é de 72.878 habitantes.

 

CLIMA

Ceará-Mirim tem o clima de característica tropical chuvoso quente com verão seco, com temperatura média compensada anual de 26 °C, umidade relativamente elevada e índice pluviométrico de 1 315 milímetros (mm) anuais, concentrados entre os meses de março e julho. O tempo médio de insolação é de aproximadamente 2 770 horas anuais.

 

HIDROGRAFIA

O rio Ceará-Mirim é um curso de água que banha o estado do Rio Grande do Norte, no Brasil. Ele nasce no município de Lajes, nos arredores de Santa Rosa e dirige-se para o mar, passando pelos municípios de Pedra Preta, Jardim de Angicos, João Câmara, Poço Branco, Taipu e Ceará-Mirim. Deságua na localidade de Barra do Rio, em Extremoz. Este rio é a quinta maior bacia do estado com 2.635 km², o que equivale a 4,9% da área do estado.

No município de Poço Branco, o rio Ceará-Mirim é represado, formando a barragem Engenheiro José Batista do Rego Pereira, que possui uma capacidade de armazenamento de água de cento e trinta e seis milhões de metros cúbicos.