CULTURA – RESUMO HISTÓRICO DO GRUPO FOLCLÓRICO CABOCLINHOS DE CEARÁ-MIRIM
O Grupo Folclórico Caboclinhos de Ceará-Mirim têm mais de um século, a data da sua origem é discutível, pois, segundo relatos dos mais antigos, o início aconteceu por volta de 1929 (oficialmente), porém registros dão conta de que, quando a família se instalou no município em 1910, o mesmo já existia.
Os primeiros mestres foram Joaquim Inácio e Chico Emídio. Os parentes contam que naquela época os brincantes eram mais disciplinados, pois os mestres os conduziam com uma espada e, quando era preciso organizar a estética do grupo, eles utilizavam tal instrumento de ordem e respeito.
Ao longo dos anos, a tradição foi repassada de pai para filho como forma de transmitir o conhecimento popular, uma representação de antigas culturas indígenas de tribos que habitavam o vale do Baquipe, hoje Rio Ceará-Mirim, onde nasceu o Índio Poti.
Caboclinho é uma dança do folclore popular brasileiro com marcação rítmica, movimentos e fantasia que traz fortes traços indígenas, melodia de som marcante puxado por uma flauta de lata, batida de surdos e estalos de flechas.
Na cidade, a principal referência de apresentação eram os carnavais de rua, quando o grupo descia a extensa ladeira da Rua do Patú, encantando a todos.
A agremiação de Ceará-Mirim é formada por 50 brincantes, sendo 90% dos integrantes membros da mesma família. Desde de 1999, o grupo é presidido por Severino Roberto, o Meste Birico (66 anos), e conta com o apoio do seu sobrinho Fabrício Marques.
Atualmente os Cabocolinhos de Ceará-Mirim são Patrimônios Vivos do Rio Grande do Norte e podem representar o Estado em todos os eventos culturais no território nacional e internacional.